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Falar Inspira Vida

Falar Inspira Vida nasceu em 2019 com a missão de tornar a conversa sobre depressão mais aberta e acessível. Acreditamos que o conhecimento é o primeiro passo para acolher e engajar as pessoas a buscar ajuda especializada. Buscamos apoiar quem está a caminho do diagnóstico, quem já está em tratamento e também a sua rede de apoio. Nosso objetivo é ampliar essa conversa e conectar pessoas, para que ninguém se sinta sozinho nessa jornada. Em 2025, vamos destacar um dos subtipos da depressão, a depressão resistente ao tratramento (DRT), ainda pouco conhecida da população, mas que afeta até 40% dos pacientes e pode ser confundida com estresse, tristeza ou preguiça.

Para isso, damos um novo passo nesse ano: transformar memes em mensagens de acolhimento para conscientizar sobre o tema. Vivemos numa era em que o sofrimento se disfarça de piada, mas por trás do riso pode existir um pedido silencioso de ajuda. Precisamos entender o que os memes estão tentando dizer, ouvir é o primeiro passo para cuidar.

Afinal, o que é DRT?

A depressão resistente ao tratamento (DRT) é um tipo de depressão que acontece quando o paciente, seguindo as recomendações médicas, faz uso de dois ou mais tratamentos no tempo e dose adequados, mas os sintomas, como falta de interesse em atividades corriqueiras (anedonia) e sentimento de tristeza e/ou vazio contínuo (humor depressivo), ainda persistem e continuam a impactar sua qualidade de vida. Algumas vezes ela pode vir acompanhada de pensamentos de morte. A DRT está diretamente ligada ao risco aumentado de ideação suicida e estima-se que até 40% das pessoas com depressão convivam com esse subtipo da doença. Para essas pessoas, é fundamental não desistir do tratamento e persistir no cuidado, dialogando sempre com o psiquiatra e buscando caminhos para reduzir os sintomas e recuperar a qualidade de vida.

Diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais

O diagnóstico correto é o caminho para um tratamento eficaz na depressão resistente ao tratamento. Identificar o quanto antes permite interromper ciclos de tentativas frustradas de tratamento e iniciar abordagens específicas. Hoje já existem no Brasil terapias inovadoras e seguras aprovadas para casos de DRT e ideação suicida.

É possível retomar a qualidade de vida e viver sem as limitações impostas pela doença. Para isso, a busca de um psiquiatra para o tratamento adequado aliado à psicoterapia, nutrição, atividade física e uma boa rede apoio pode significar um ponto de virada na vida do paciente.

É urgente buscar cuidado com a depressão e ideação suicida

A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. São cerca de 800 mil mortes por ano e um milhões de pessoas já enfrentaram pensamentos suicidas ou tentativas em algum momento da vida¹. Muitos desses casos poderiam ser prevenidos se os sinais de alerta não fossem ignorados ou banalizados. Mudanças de comportamento, tristeza persistente, desânimo, afastamento do convívio social, faltas frequentes no trabalho² e até o humor ácido em piadas sobre desistir da vida podem esconder um sofrimento profundo.

É fundamental não normalizar esses sinais. Quando os sintomas persiste, é hora de buscar ajuda especializada. O acompanhamento médico pode prevenir o agravamento dos sintomas e apoiar na recuperação dos impactos cognitivos, sociais e econômicos da depressão.

Informação qualificada e ajuda especializada

O primeiro passo para transformar essa realidade é buscar ajuda médica, mas uma boa preparação para essa consulta pode fazer toda diferença. Quando o paciente escreve seu histórico, lista medicamentos que já utilizou e como reagiu a cada um, ela ajuda o especialista a tomar a melhor decisão de forma individualizada. O paciente também pode realizar sozinho um teste conhecido como Escala PHQ-9 e já levar preenchido para o consultório. Isso vai facilitar que o psiquiatra encontre o tratamento adequado para o seu caso. 

No site da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) você encontra profissionais capacitados em todo o Brasil.
Desafios para procurar ajuda

Estudo realizado pelo Instituto Ipsos revelou que o tempo médio para que pacientes diagnosticados buscassem ajuda foi de três anos e três meses. Entre os motivos estão a falta de consciência de que era necessário tratamento, o medo de julgamento e a vergonha. Essa demora pode agravar o quadro, prolongando o sofrimento e dificultando a recuperação.

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Saiba mais sobre o Falar Inspira Vida

Criado em 2019, o movimento Falar Inspira Vida se consolidou como referência em saúde mental ao colocar em pauta a depressão resistente ao tratamento (DRT), que pode vir acompanhada de ideação suicida – mesmo que silenciosa. O movimento busca romper estigmas e mostrar que a busca por ajuda é legítima e que a melhora é possível.

A plataforma se consolidou como uma iniciativa pioneira no enfrentamento de estigmas, na valorização do papel do psiquiatra e na busca pela remissão funcional dos sintomas como meta terapêutica legítima e possível.

Em 2024, o movimento inovou ao criar uma websérie de humor inspirada em histórias reais de pessoas com depressão. Com a ajuda de psiquiatras, cuidadores e pessoas com a doença, mostramos como é importante buscar o diagnóstico o quanto antes, seguir o tratamento adequado e manter um diálogo aberto com o médico para recuperar a qualidade de vida.

É fundamental buscar informação qualificada e ajuda especializada

Este conteúdo tem finalidade informativa e não pretende substituir a opinião e diagnóstico médico especializado. Procure um especialista caso você note alterações ou apresente sintomas.

Para saber mais informações sobre a doença, acesse o site da entidade parceira:

Referências

[1] TJDFT. Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida...diagnostico-e-prevencao . Acesso em: 23 ago. 2024.
[2] PAHO. Aumenta número de pessoas com depressão no mundo. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/23-2-2017-aumenta-numero-pessoas-com-depressao-no-mundo . Acesso em: 23 ago. 2024.
[3] VITTUDE. Sintomas de depressão: 13 sinais que você precisa conhecer. Disponível em: https://www.vittude.com/blog/13-sintomas-de-depressao-conheca-sinais/ . Acesso em: 23 ago. 2024.
[4] ABRATA. Depressão e transtorno bipolar. Disponível em: https://www.abrata.org.br/saude-mental/depressao-e-transtorno-bipolar/ . Acesso em: 23 ago. 2024.
[5] BRASIL. Saúde de A a Z – Depressão. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao . Acesso em: 23 ago. 2024.
[6] AGÊNCIA BRASIL. Brasileiro demora 39 meses para procurar ajuda para depressão. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-06/brasileiro-demora-39-meses-para-procurar-ajuda-para-depressao . Acesso em: 23 ago. 2024.
[7] UFMG. No Brasil, 40% das pessoas deprimidas não respondem à medicação. Disponível em: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/no-brasil-40-das-pessoas-deprimidas-nao-respondem-a-medicacao . Acesso em: 23 ago.2024
[8] FAPEAM. Depressão destrói partes do cérebro, afirma estudo. Disponível em: https://www.fapeam.am.gov.br/depressao-destroi-partes-do-cerebro-afirma- ... Acesso em: 23 ago.2024
[9] ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Folha informativa – Suicídio. Acesso em: 23 ago.2024
[10] U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Does depression increase the risk for suicide? . Acesso em: 23 ago.2024
[11] REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIA COMPORTAMENTAL E COGNITIVA. Alterações neuropsicológicas associadas à depressão. Acesso em: Acesso em: 23 ago.2024