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Mieloma Múltiplo

Receber o diagnóstico de Mieloma Múltiplo não precisa e nem deve ser lido como uma sentença. Hoje, é possível conviver com a doença e ter qualidade de vida, aproveitando momentos importantes ao lado de quem se ama. A ciência tem avançado e oferece tratamentos inovadores que ajudam a controlar o mieloma, retardar sua progressão, reduzir os sintomas e ampliar a expectativa de vida.

Na Johnson & Johnson, acreditamos que informação de qualidade é estar um passo à frente do câncer e trabalhamos para que cada paciente tenha condições de entender os diferentes aspectos de sua jornada de tratamento. Nosso compromisso é unir inovação, ciência e cuidado humano para oferecer Múltiplas Chances para a Vida, reforçando a importância de um diálogo constante entre médicos e pacientes e de um tratamento individualizado.

Nesta página, você encontrará informações confiáveis sobre o Mieloma Múltiplo — desde o diagnóstico até as opções de tratamento e as possibilidades de acesso — para que possa caminhar com mais segurança e confiança ao longo dessa jornada.
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O que é o Mieloma Múltiplo?

O Mieloma Múltiplo é um tipo raro de câncer hematológico que faz com que as células presentes na medula óssea, chamadas de plasmócitos, comecem a se multiplicar de forma descontrolada e sem exercer sua função. Assim, essas células se acumulam em excesso, prejudicando a produção normal das demais células do sangue.

As células plasmocitárias fazem parte do sistema imunológico e produzem os anticorpos e as proteínas que o nosso corpo usa para combater infecções. Quando acometido pelo Mieloma Múltiplo, o organismo passa a apresentar problemas na produção das células sanguíneas, gerando sintomas como fraqueza, infecções persistentes, dores e/ou fraturas ósseas e insuficiência dos rins, entre outros.

O Mieloma Múltiplo é considerado uma doença sem cura, mas isso não é motivo para a desesperança. Atualmente, existem diversos tratamentos que podem garantir uma vida ativa e livre de dores para o paciente.

As terapias disponíveis têm evoluído significativamente nas últimas décadas e o diagnóstico precoce’ é o maior aliado para a contenção da doença, pois quanto antes o paciente for diagnosticado e iniciar o tratamento, maiores as chances de ampliar a longevidade e de usufruir de mais qualidade de vida.
Quais são os principais fatores de risco do Mieloma Múltiplo?

Assim como outros tipos de câncer, o Mieloma Múltiplo pode ser causado por fatores genéticos ou ambientais, mas fazer parte do chamado “grupo de risco” não é determinante para o desenvolvimento da doença. Alguns desses fatores são:

  • Idade: no Brasil, a doença é mais frequente em pessoas com mais de 65 anos (menos de 1% dos casos são diagnosticados em pessoas com idade inferior a 35 anos);
  • Gênero: os homens são mais propensos a desenvolverem a doença. A incidência varia de 0,5-1 a cada 100.000 homens, entre os asiáticos, e até 10-12 a cada 100.000, entre os negros²;
  • Histórico familiar: apesar da maioria dos pacientes não ter parentes diagnosticados, ele pode ser hereditário. Ter pais ou irmãos com Mieloma Múltiplo aumenta as chances da pessoa desenvolver a doença.
Sinais e sintomas do Mieloma Múltiplo
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Alguns dos principais sinais e sintomas do Mieloma Múltiplo podem passar despercebidos para a maioria das pessoas e, por isso, a conscientização sobre a doença é o primeiro passo para um diagnóstico precoce.

  • Dores nos ossos: acomete cerca de 70 a 90% dos pacientes com Mieloma Múltiplo (o lugar mais frequente é na coluna vertebral torácica, ou seja, a famosa dor nas costas, mas a dor pode acometer qualquer osso do corpo, sendo importante ficar alerta a esse sinal);

  • Anemia: a doença atrapalha a produção das células vermelhas, gerando sensação de moleza, fraqueza e palidez;

  • Hipercalcemia: cerca de um quarto dos pacientes apresenta alterações nos exames de cálcio;

  • Insuficiência renal: parte dos pacientes começa a perceber alterações na cor e no volume da urina;

  • Infecções repetitivas: como a imunidade do paciente é bastante afetada pela doença, infecções simples como gripes e resfriados começam a se tornar repetitivas e mais fortes. Daí a importância da vacinação, que discutiremos mais à frente.

No Mieloma Múltiplo, a expressão CRAB, em inglês, é comumente utilizada por profissionais de saúde e pacientes do mundo todo para denotar os quatro principais sintomas da doença. Vamos entender melhor o que ela significa?

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Nem sempre o “comum” é “normal”. O Mieloma Múltiplo é uma doença heterogênea e que pode se manifestar de forma diferente em cada um dos pacientes. Fique atento aos sinais e procure por um médico caso haja qualquer suspeita.

Encaminhamento médico

Pessoas com suspeita de Mieloma Múltiplo podem ser encaminhadas a um médico hematologista por diferentes tipos de especialidades, incluindo ortopedistas, clínicos gerais, nefrologistas e geriatras.

  • Ortopedistas podem suspeitar da doença devido aos sintomas ósseos, como as dores persistentes ou até fraturas.
  • Os clínicos gerais podem identificar as queixas inespecíficas como a fadiga, anemia e perda de peso.
  • Nefrologistas podem estar atentos à doença ao investigar a insuficiência renal ou níveis elevados de proteínas na urina e no sangue.
  • Já os geriatras podem reconhecer os sinais por se tratar de uma faixa etária mais propensa a desenvolver o Mieloma Múltiplo.

A coordenação entre os especialistas e o encaminhamento ao médico responsável por diagnosticar a doença são cruciais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

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O papel do hematologista na jornada do paciente

O hematologista é o especialista que estuda o sangue e todas as doenças relacionadas a ele, incluindo o Mieloma Múltiplo. Além de ser o responsável pelo diagnóstico e pela indicação da abordagem terapêutica mais adequada para cada paciente, esse profissional é essencial durante toda a jornada de cuidado, visto que ela se baseia, também, em uma relação de confiança e proximidade entre especialista e paciente. Confiar no seu hematologista e seguir suas orientações poderá ser decisivo para sua recuperação.
Como é feito o diagnóstico do Mieloma Múltiplo?
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Um acompanhamento médico de rotina, por meio de check-ups anuais, por exemplo, é uma forma eficaz de antecipar possíveis problemas e tratá-los de forma precoce: quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de o paciente desenvolver menos sintomas.

Em casos de suspeita do Mieloma Múltiplo, alguns passos são essenciais para a investigação da doença:

  • História clínica completa com investigação dos sintomas iniciais;
  • Exames físicos em consultório para a busca de sinais indicadores da doença;
  • Exames laboratoriais: o médico especialista irá avaliar a necessidade e solicitar os devidos exames.

Seu diagnóstico foi confirmado?

Receber o diagnóstico de Mieloma Múltiplo é um momento que desperta muitas dúvidas e incertezas, mas também marca o início de uma jornada em que o conhecimento é um grande aliado. Buscar informações confiáveis sobre a doença, seus tratamentos e cuidados disponíveis ajuda a tomar decisões mais seguras, compreender as etapas do processo e participar ativamente das escolhas junto à equipe médica. Quanto mais informado o paciente estiver, maiores são as chances de enfrentar a doença com confiança, clareza e esperança.

Para isso, recomendamos a leitura dos sites da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e do IMF (Fundação Internacional do Mieloma). Neles, você encontrará ainda mais informações, novidades e depoimentos de outros pacientes que estão passando por jornada similar à sua.

Estar preparado e informado sobre o próprio cuidado é estar um passo à frente do câncer e aproveitar as múltiplas chances para vida!

Paciente recém-diagnosticado: primeiros passos
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Para pacientes recém-diagnosticados com Mieloma Múltiplo, entender como é definido o tratamento é um passo importante nessa jornada. O diagnóstico e o início do tratamento seguem critérios claros, como os definidos pelo International Myeloma Working Group (IMWG). Para decidir o caminho mais adequado, o médico avalia alguns pontos fundamentais:

  • A idade biológica e funcional do paciente;
  • O chamado “Performance Status”, que indica se a pessoa está ativa e consegue realizar suas tarefas diárias;
  • E a presença de outras doenças (comorbidades) que possam influenciar na tolerância ao tratamento.

Candidatos elegíveis ao transplante autólogo de medula óssea têm uma fase inicial de indução, o transplante em si e fases posteriores para consolidar e manter o tratamento com foco em atingir eficácia com respostas profundas e duradouras – como explicaremos mais abaixo.

Para quem não é elegível ao transplante, o tratamento é ajustado para equilibrar eficácia e tolerabilidade, focando na qualidade de vida, com combinações de medicamentos adaptadas à condição do paciente.

O acompanhamento é personalizado, com exames regulares para monitorar a doença e ajustar a terapia, garantindo o melhor cuidado durante toda a jornada do paciente.

Conhecendo os tipos de tratamentos indicados para essa primeira etapa
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Quimioterapia

A quimioterapia é um dos tratamentos mais utilizados para controlar o Mieloma Múltiplo. Ela usa medicamentos capazes de destruir ou impedir a multiplicação das células doentes, ajudando a reduzir a carga da doença e aliviar sintomas como dores ósseas, anemia e infecções frequentes.

O tratamento pode ser feito por via oral (comprimidos ou cápsulas), intravenosa (direto na veia) ou combinando as duas formas. Muitas vezes, é associada a outros medicamentos, como corticoides, imunomoduladores ou terapias-alvo, para aumentar a eficácia.
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Administração de corticoides

Os corticoides são medicamentos que ajudam a combater o Mieloma Múltiplo de forma direta, pois podem destruir as células doentes, e também potencializam o efeito de outros tratamentos, como a quimioterapia. Além disso, ajudam a reduzir inflamações e aliviar sintomas como dores ósseas e fadiga.

O tratamento costuma ser feito em ciclos, intercalando dias de uso e de descanso, conforme a prescrição médica. Esses medicamentos podem ser administrados por via oral (comprimidos) ou intravenosa, dependendo do esquema terapêutico definido pelo especialista.
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Transplante Autólogo de Medula Óssea (TMO)

O transplante autólogo de medula óssea é um tratamento no qual são retiradas e armazenadas as próprias células-tronco do paciente. Depois, o paciente recebe quimioterapia em alta dose para destruir as células doentes. Em seguida, as células-tronco são devolvidas ao corpo para ajudar na recuperação da medula óssea e na produção saudável de células do sangue.

No Mieloma Múltiplo, esse procedimento é indicado após um primeiro tratamento para reduzir a quantidade de células doentes – fase de indução. Ele não é uma cura, mas pode aumentar o tempo livre da doença e melhorar a qualidade de vida.

  • Quem pode fazer o transplante? Geralmente, são elegíveis ao TMO pacientes com bom estado geral de saúde, órgãos funcionando adequadamente (coração, rins, fígado e pulmões) e sem doenças graves que impeçam o procedimento. A idade não é um limite, mas costuma ser mais indicado para pessoas com até 70 anos e que estejam fisicamente ativas.
  • Quem não pode fazer? Pacientes com fragilidade física importante, doenças crônicas descompensadas ou que não suportariam os efeitos da quimioterapia intensa são considerados inelegíveis.

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Imunoterapias variadas

A imunoterapia é uma forma de tratamento que estimula o próprio sistema de defesa do corpo a reconhecer e atacar as células do Mieloma Múltiplo. Nos últimos anos, ela se tornou uma das estratégias mais promissoras, ajudando a prolongar o controle da doença e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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Anticorpos monoclonais

Anticorpos são proteínas que o sistema imunológico usa para identificar e neutralizar substâncias nocivas, como bactérias e vírus. A terapia monoclonal é composta por anticorpos idênticos, desenvolvidos em laboratórios e feitos para se ligarem a um alvo.

As células do Mieloma Múltiplo possuem uma proteína específica em sua superfície. Quando os anticorpos monoclonais são administrados ao paciente, eles circulam pelo corpo, encontram a proteína expressa na célula doente do Mieloma Múltiplo e se ligam a ela. Esse processo resulta em uma marcação nas células adoecidas, permitindo ao sistema imunológico do paciente reconhecê-las e destruí-las. Além disso, esses anticorpos podem interferir até mesmo no crescimento e na sobrevivência dessas células cancerígenas, através de mecanismos de ação direta no tumor, contribuindo para respostas profundas e duradouras.

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Regimes de tratamento

Com o objetivo de alcançar o controle do mieloma múltiplo da forma mais eficaz e personalizada, o cuidado com a doença envolve a integração desses diferentes tipos de tratamentos ao mesmo tempo – chamadas abordagens de regimes tripla e quadrupla.

  • Terapia tripla: combina três medicamentos, normalmente incluindo um imunomodulador, um inibidor de proteassoma ou um anticorpo monoclonal, e um corticosteroide. De forma simplificada, estamos falando de: um remédio que ataca as células do mieloma, um remédio que ajuda o sistema imunológico a lutar contra a doença e outro que ajuda a fortalecer o tratamento e eliminar as células doentes.
  • Terapia quádrupla: ampliam essa combinação, incluindo um quarto agente, ou seja, um ingrediente a mais, para combater o mieloma mais fortemente. Geralmente, é adicionada uma imunoterapia, como um anticorpo monoclonal, que atua de forma mais específica, direcionando o sistema imunológico para atacar as células do mieloma com maior eficiência.

Esses tratamentos combinados podem ser indicados pelo médico especialista responsável conforme o estágio da doença e o histórico do paciente. A aplicação pode ser oral, intravenosa ou subcutânea, dependendo do tipo de medicamento.

Pacientes recaídos e refratários: novas chances
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O Mieloma Múltiplo é uma doença, até o momento, sem cura que tem por característica reaparecer mesmo depois dos primeiros tratamentos. É nesse momento que aparecem duas palavras “recaída” e “refratariedade”.

A recaída acontece quando a doença volta a aparecer após um período de controle ou remissão, podendo se manifestar por sintomas como dores ósseas, cansaço, infecções frequentes ou até sinais de que a doença se espalhou para outros órgãos, o que é chamado de Doença Extramedular.

Doença Extramedular

A doença extramedular ocorre quando as células do mieloma se espalham além da medula óssea, que é o local de origem inicial, e invadem outros órgãos e tecidos do corpo, como o fígado, pulmões ou cérebro. Essa forma de progressão da doença costuma ser mais desafiadora de tratar e está relacionada a um quadro mais agressivo. Por isso, o acompanhamento médico e o tratamento adequado são essenciais para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Recidiva bioquímica

Também é possível que a recaída aconteça sem sintomas aparentes, sendo detectada por meio de exames regulares de sangue ou urina que mostram o aumento da proteína M (proteína monoclonal) ou de outras proteínas associadas ao mieloma — esse quadro é conhecido como recidiva bioquímica ou laboratorial.

Refratário

Já o termo “refratário” é usado quando o paciente não responde mais a um determinado tratamento, ou seja, a doença não apresenta melhora ou volta a piorar imediatamente após o início do tratamento, mesmo com as terapias usadas. Reconhecer esses momentos é fundamental para buscar a melhor estratégia e garantir um acompanhamento cuidadoso.

É fundamental manter um acompanhamento constante com seu médico e realizar os exames periódicos recomendados, pois detectar a volta da doença precocemente permite ter tempo para planejar e ajustar o tratamento de forma mais eficaz. Sempre que notar qualquer sintoma diferente do habitual, é importante procurar seu hematologista para avaliação.

Lembre-se: o acompanhamento próximo com seu médico e a comunicação aberta sobre sintomas e exames são essenciais para que o tratamento seja ajustado da melhor forma possível, aumentando as chances de controle da doença e melhora da qualidade de vida.

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Conhecendo os tipos de tratamento para essas novas etapas

Com o avanço das pesquisas sobre o Mieloma Múltiplo nas últimas décadas, as opções de tratamento se diversificaram e se potencializaram, sendo capazes de oferecer qualidade de vida e controlar a doença.

Entre as alternativas mais recentes estão os anticorpos monoclonais (também utilizados no começo da jornada), os anticorpos biespecíficos e a terapia CAR-T. Essas novas tecnologias complementam o arsenal terapêutico disponível aos pacientes em combinação com diversas outras já conhecidas para diferentes estágios do tratamento. Por não existir um padrão único de indicação, a recomendação e escolha para cada fase do tratamento é feita pelo médico hematologista.
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Anticorpos biespefícicos

Os anticorpos biespecíficos são um tipo especial de anticorpo, projetados para reconhecer e se ligar a dois alvos diferentes ao mesmo tempo. No contexto do Mieloma Múltiplo, um desses alvos é a proteína presente nas células cancerosas e o outro é uma célula do sistema imunológico, como as células T, capaz de destruir células infectadas ou cancerosas. Assim, quando o anticorpo biespecífico se liga simultaneamente a uma célula T e a uma célula de Mieloma Múltiplo, ele aproxima essas duas células. Essa proximidade ativa a célula T, que ataca e destrói a célula doente.

A capacidade de se ligar especificamente às células cancerosas e às células T torna a terapia mais precisa, minimizando danos às células saudáveis. Ao engajar as células T, a terapia aproveita as habilidades do sistema imunológico para combater a doença, reduzindo significativamente a carga tumoral.
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Terapia CAR-T

A terapia CAR-T é um tratamento que utiliza as próprias células do sistema imunológico (os linfócitos T) do paciente para combater o Mieloma Múltiplo. O processo envolve algumas etapas:


Estudos clínicos publicados reforçam o papel da terapia celular CAR-T no tratamento do mieloma múltiplo recidivado ou refratário: entre os pacientes que já receberam múltiplas linhas e múltiplos tratamentos, um terço segue sem progredir doença após cinco anos da infusão das células CAR-T. Estudos de vida real, antes da chegada das imunoterapias, em que eram realizadas as terapias previamente disponíveis demonstram que para pacientes com esse perfil, o tempo mediano de recaída da doença é de seis meses.
A terapia CAR-T, assim como os biespecíficos e os anticorpos monoclonais, representam uma nova oportunidade para pacientes com Mieloma recidivados ou refratários que tenham sido expostos a outras linhas de tratamentos para a doença. É um exemplo de como a biotecnologia avançada está transformando a realidade da evolução da doença e oferecendo novas possibilidades de controle, aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida. Além disso, é uma alternativa para que médicos tenham múltiplas opções no momento de determinar o melhor tratamento para cada perfil e estágio de paciente.
E as vacinas? Estão em dia?
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Pacientes com Mieloma Múltiplo enfrentam um risco significativamente maior de infecções, que são a segunda principal causa de morte nessa doença. Devido à fragilidade do sistema imunológico, o risco de infecções bacterianas é até sete vezes maior, e o de infecções virais, dez vezes maior, quando comparado à população geral.

Por isso, a vacinação adequada é uma parte fundamental do cuidado em todas as fases da jornada do paciente, desde o diagnóstico inicial, passando pelo transplante autólogo de medula óssea (TMO), até eventuais momentos de recaída ou refratariedade.

Para garantir a eficácia e segurança da vacinação, é importante que o paciente tenha sua caderneta vacinal atualizada, idealmente completando as doses recomendadas com pelo menos 14 a 28 dias antes de iniciar terapias que deprimem o sistema imunológico. Durante os períodos de maior imunossupressão, a vacinação deve ser evitada para não comprometer a resposta imunológica e evitar riscos. Após o término dessas fases, recomenda-se aguardar entre 3 a 6 meses para aplicar as vacinas, garantindo que o sistema imunológico esteja mais preparado para responder adequadamente.

No caso dos pacientes que passaram pelo transplante de medula óssea, é esperado que a “memória imunológica” seja perdida, o que significa que as defesas contra doenças previamente vacinadas são reduzidas. Por isso, a revacinação completa é essencial para restabelecer essa proteção e evitar complicações.

O acompanhamento regular com o médico hematologista é fundamental para definir o melhor calendário vacinal para cada fase do tratamento, protegendo o paciente e fortalecendo a resposta imunológica ao longo de toda a jornada.

A você, cuidador
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Na Johnson & Johnson, sabemos que o cuidado com o paciente com Mieloma Múltiplo vai muito além dos tratamentos e consultas médicas. Ele acontece também, todos os dias, nas mãos e no coração de quem está ao lado: os cuidadores. Seja um familiar, amigo próximo ou alguém dedicado a essa missão, vocês são parte essencial dessa jornada.

Mas, para continuar oferecendo apoio, atenção e carinho, é fundamental que você também se cuide. Lembre-se: seu bem-estar é tão importante quanto o de quem você cuida. Ao preservar a sua saúde física e emocional, você estará mais preparado para enfrentar os desafios e aproveitar os momentos juntos.

Veja também: Uma imersão na jornada do paciente em podcast

Com o objetivo de disseminar conhecimento sobre o Mieloma Múltiplo e apoiar os pacientes em suas jornadas, preparamos uma série exclusiva de conteúdos sobre a doença, em parceria com o Estadão.

Em cinco episódios, especialistas renomados em Mieloma Múltiplo debatem temas como: a importância do diagnóstico precoce, o benefício da inovação do tratamento ao paciente e o acesso às terapias adequadas durante o tratamento. Os cinco episódios já estão disponíveis e você pode assisti-los quando quiser.

Clique nos conteúdos abaixo para conferir

Episódio 1

O desafio do diagnóstico precoce

Episódio 2

Jornada de cuidado

Episódio 3

O futuro já começou

Episódio 4

Acesso a múltiplas escolhas

Episódio 5

A perspectiva do paciente

Referências
1. INTERNATIONAL MYELOMA FOUNDATION. Multiple Myeloma Diagnosis. Disponível em: Newly Diagnosed. Acesso em: jun. 2024
2. JANSSEN. Mieloma múltiplo. Janssen Brasil. Disponível em: https://www.janssen.com/brasil/minha-saude/mieloma-multiplo . Acesso em: jul. 2024
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA (ABRALE). Consulta pública pode ampliar opções de tratamento para mieloma múltiplo. Acesso em: jul. 2024.
4. INTERNATIONAL MYELOMA FOUNDATION. Multiple Myeloma Tests. Disponível em: https://www.myeloma.org/multiple-myeloma-tests. Acesso em: jun. 2024.
5. GHOBRIAL, I. M.; LANDGREN, O.; HAJEK, R. Management of relapsed and refractory multiple myeloma: novel agents, antibodies, immunotherapies and beyond. Leukemia, v. 34, n. 6, p. 1487-1499, 2020. Disponível em: NCBI. Acesso em: jun. 2024
6. ASSOCIATION OF COMMUNITY CANCER CENTERS. Triplet vs. quadruplet therapy: choosing the right multiple myeloma treatment. Disponível em: https://www.accc-cancer.org/acccbuzz/blog-post-template/accc-buzz/2022/11/23/triplet-vs.-quadruplet-therapy-in-multiple-myeloma-choosing-the-right-treatment ?. Acesso em: jun. 2024.
7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA (ABRALE). Mieloma múltiplo – Qualidade de vida é parte do tratamento. Acesso em: dez. 2022.
8. A.C. CAMARGO. Tudo sobre células CAR-T. Acesso em: abr. 2024.
9. KUMAR, S. K. et al. Multiple myeloma. Nature Reviews Disease Primers, v. 3, p. 1704, 20 jul. 2017 10. KURTIN, S. E. Relapsed or relapsed/refractory multiple myeloma. Journal of Advanced Practitioner Oncology, v. 4, supl. 1, p. 5-14, 2013.